Vassoura de Guanxuma

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Essa mania de varrer meio tapeado
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Me vem do tempo da vassoura de guanxuma
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Quando pionava no rincão do gado alçado
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Marca saudade que maneio uma por uma!

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Estância grande da potrada caborteira
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Que corcoveava no sentar prendendo o berro...
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De noite e dia o transfogueiro de pau ferro
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Guardando a chama da vivencia galponeira!

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Cancha dos tauras mel varrida e mal aguada
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Na sacristia memorial da raça antiga...
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Cupim batido das caseiras de formiga
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Com riscos fundos de chilena enferrujada!

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Mal repontados com misturas de gravetos
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Ciscos de crinas e de pêlos e cavacos...
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Graxa queimada na cinza dos buracos
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Entre as clavadas das marcas dos espetos.

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Andei caminhos porque andar mal acostumado
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tenteando rumos pra enfrentar um tempo novo...
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e me dei conta que na alma do meu povo
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ficaram marcas da vassoura de guanxuma!