Osso Duro

            D                    Dm7
Osso duro de roer
                E/D                            Eb/D
Pisada forte marca o chão
            D                           Dm7       E/D       Eb/D
O lamento que é a voz do coração … 

             D                   Dm7
Poço fundo de ver
                   E/D                  Eb/D
Não há Narciso no sertão
                     D                           Dm7                               E/D                    Eb/D
A seca castiga e abre a ferida com rasgos profundos de solidão … 

D                                 Dm7         E/D      Eb/D
Num barraco sem telha, estrelas pra ver
D                                   Dm7    E/D             Eb/D
Sombra nem de palmeira pra esconder
D                           Dm7    E/D       Eb/D
Farofa de macaxeira pra comer
D                           Dm7     E/D       Eb/D
Água nem de torneira pra beber … 

                         D                                    Dm7             E/D       Eb/D
A vida não cresce por causa da chuva que só cai pra lá
                           D                              Dm7                                           E/D    Eb/D
O tempo escurece, a nuvem carrega mas nem pra pingar
                      D                          Dm7                             E/D       Eb/D
A criança chora; o pão e agora? sou eu e o sertão
                    D                                         Dm7                           E/D                                  Eb/D
A vida evapora, a infância vai embora e o sol mata tudo que nasce do chão … 


D                                    Dm7     E/D          Eb/D
Onde o asfalto não chega pra crescer
D                           Dm       E/D          Eb/D
Água nem de torneira pra benzer
D                                   Dm7     E/D       Eb/D
Onde a chuva não chega pra encher,
D                       Dm7   E/D       Eb/D
a lata da lavadeira pra cozer … 

( Trecho em homenagem à Patativa do Assaré )

D                                C6(9)
O mundo gira ao contrário
         Bm7                          C6(9)
Nem sempre há o que dizer
               D                           C6(9)                   Bm7                 Bb7M                  D
Quem escreve a novela da vida é o personagem que envelhece sem perceber
                                   C6(9)
O mundo gira ao contrário 
            Bm7                     C6(9)
Nem sempre há o que dizer
      D                         C6(9)                     Bm7                       Bb7m            Bm  C7M
Caminha à beira do abismo sem ter cuidado com o mau olhado que restou atrás

D                                 Dm7          E/D       Eb/D
Num barraco sem telha, estrelas pra ver
D                                   Dm7     E/D              Eb/D
Sombra nem de palmeira pra esconder
D                             Dm7 E/D        Eb/D
Farofa de macaxeira pra comer
D                               Dm7  E/D       Eb/D
Água nem de torneira pra beber … 
D                                     Dm7    E/D         Eb/D
Onde o asfalto não chega pra crescer
D                             Dm7   E/D       Eb/D
Água nem de torneira pra benzer 
D                                   Dm7     E/D       Eb/D
Onde a chuva não chega pra encher,
D                       Dm7   E/D       Eb/D
a lata da lavadeira pra cozer …