Tio Duda

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Sob a sombra da figueira apeava da égua Pampa;
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Preparava a fogueira, enquanto a tarde ainda caía.
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Reunia a peãozada ao som de moda de viola,
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Contava boas e velhas histórias,
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Nas tantas cavalgadas que fazia.

(repete cifras anteriores)
Em sua simplicidade e com alma de um poeta,
Quis bondade e alegria transformada em verso e prosa.
Fez da vida sua escola, e sua casa : a natureza,
Como a luz de um lampião com sua beleza,
Mantém acesa a chama vida afora.

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Este homem ainda hoje é quem conduz toda a boiada,
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É quem está com as mãos nas rédeas, nessa estrada,
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Que somente os olhos da alma podem perceber agora...
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E onde houver boas histórias e peões de boiadeiro
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Ao redor de uma fogueira, cavalgadas, violeiros,
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Tio Duda vai estar pra sempre.

(Tio Duda vai estar com a gente).