Romance Pra Outro Domingo

Tabs, letra y acordes de 'Romance Pra Outro Domingo' por Juliano Moreno

Dm                                               A7
Outro domingo, feito tantos, que o maio entrega mais frio...
       Gm                 A                    50  53  42 40
Estradeava rumo à vila num amanhecer sombrio...
           Dm                                    A7
Ouvia os cascos nas pedras, beirando o passo de um rio,
              Gm              A                     Dm
quando as tragadas de um fumo silenciavam os assobios.

Bb B C                                              Bb
  Depois do passo a imagem, de um mouro à sombra parado
             Gm                               Dm
e um paisano - "descansando" - numa botella abraçado...
Bb B C                                         Bb
- Destino que a vida entrega pra quem nunca teve norte,
                   Gm                            A7  (D)
nem santo no seu costado... mas sabe o valor da sorte!

 D                                              Em
Segui no tranco que vinha, até encontrar o povoado...
                       A                        D
...E o silêncio denunciava as carreiras e sombreados...
                        Gm
Foi quando a tarde estendeu-se - por copa, truco e uns pila...
                        Bb                           A
- Porque a ramada é 'carinho' pra quem tem vida tranqüila!...

    D                                          Em
... O dia cambiava a tarde, por noite, lua e sereno...
                         A                            D
Voltava ao tranco na estrada - topando um friozito bueno...
                 Gm
E a cena do amanhecer aos poucos foi ressurgindo...
                     Bb                       A  (D)
- O chapéu ainda no rosto e o mouro quase dormindo!

Dm                                             A7
Meu zaino roncava forte, por desconfiado e sestroso.
        Gm                A7                         50 53 42 40
Apeei calmo, em silêncio, e me acheguei por curioso...
 Dm                                             A7
Pois quem rondou nos bolichos, sabe da "dita", que é santa:
          Gm                A7                   Dm
- Por mais que a canha derrube o tempo sempre levanta!

Dm Bb B C                                          Bb
Sob o chapéu de aba larga - boca aberta, olhos cerrados!
            Gm                                 Dm
O fio de sangue ao pescoço contava de um fio afiado!
Dm Bb B C                                  Bb
E a botella de canha... sem nem um gole tomado!...
          Gm                                   A7  (D)
- Só o mouro sabe a verdade mas não fala do passado! -

Dm Gm Bb A7
Gm A7 Dm
"O tempo mostrou-me antes,
e eu cruzei sem fazer caso...
Parei pensando comigo
de olhos vagos e rasos...
- Talvez vivo ainda dissese
o que ninguém vai saber
e o porque de partir antes
a um filho que vai nascer!...

O tempo, contou-me antes,
tal se mostrasse sinais...
...Mas pra salvar um amigo
agora é tarde demais!...
...Não foi por medo, de fato,
tampouco por ser rogado,
mas é que as pilcha eram nova
e o mouro...
...o mouro era emprestado!"

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