Eu Juro Que Havia Uma Gente Ali

D7
As pessoas não tinham ar nem cheiro

Ficavam impassíveis o tempo inteiro
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Eram marcas pessoas rotuladas

 D7
S\A S\C Limitada...pessoas registradas

Registradas no registro do nada (bis)
                                 D7 A7
Reguladas na marginal marginalizadas

 D7
São pessoas sem eira-nem-beira

Confundindo-se com o chão e a poeira

São pessoas sem rosto nem face
                                  D7
Não importando com o que se lhe passe

São gente sem dia tarde ou noite

Que conhecem a carícia do açoite
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Criadas na moral do aceite

Cansadas do peso do peso do fardo

Queimadas na tina do mundo

Regadas a azeite importado
                            D7
São camelôs bilheteiros pedintes

Cantadores tocadores escroques

Uma imensa tropa de choque

Do exército dos deserdados

Parturientes paridas abortadas
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O carente o trombada e a cansada

Para quem a vida não delegou nada

Para quem o mundo não disse a verdade

Fizeram um reino no centro da cidade
                                    D7
Pintaram a fantasia do escroto sem grande vaidade

Sem tempo sexo ou ideologia

Sem Deus Pátria ou Família

Uma gente que não reclama ou blasfema
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Sem domingo relógio ou feriado

Parecendo um grande seriado

Um oásis desse grande deserto

Morrendo sorrindo e cantando
                              D7
Nos caminhos da cidade de concreto