Tijolo, Cimento

(Intro: Bm Em Bm F# Em Bm F#)

          Bm                                                              Bm7
O operário de um prédio perde um dedo, sem um médico atende-lo, perde a mão
            Em
Sem a mão perde o emprego, sem o emprego perde o pão
            Bm
Sem o pão perde a saúde, sem saúde, a ilusão
   Em                                                                                          Em                                           F#                   Bm       F#
Ferido se torna rude, devolve a agressão e agredindo ele perde a razão
Bm                                                             Bm7
Sem razão perde a esposa, sem razão, sem a esposa e sem razão, até os filhos vão
         Em
Com esse vão vem a bebida, a fumaça e vem o pó
      Bm
Com o pó acaba a fome, mas não há satisfação 
        Em                                            F#                              Bm      F#
Droga e ele se consomem cada vez está mais só quando seus laços se desfizeram viraram nós

Refrão

Bm 
   Tijolo, cimento e caos, tijolo, cimento e caos
Em
   Tijolo, cimento e caos
Bm 
   Tijolo, cimento e caos
   F#                       Em                         Bm       F#
   Castelo de areia, pedra, ferro: concreto abstrato e caos!

(Bm Em Bm F# Em Bm F#)

       Bm                                                         Bm7
Com um nó já instalado na garganta, ele tenta trabalhar, mas não adianta
       Em
“Sinto muito...", “é uma pena...", “sei que a coisa anda preta..."
         Bm
“Compreendemos seu problema, mas não temos solução". 
      Em                                                 F#                 Bm       F#
“Não aceita-se manetas"! Já não é mais um cidadão, só um aleijado sem a sua mão!

(Refrão)

(Solo: Bm Em Bm F# Em Bm F#)

          Bm                                                              Bm7
Mas pra viver tem que ter grana, e ele afana, dá um jeito, rouba, assalta, sem respeito
       Em                                           Bm
Já não há mais lucidez, tudo pode, não há leis, ele torna-se a própria insensatez
    Em
Ele rouba e sai ileso e assim rouba outra vez,
        F#                       Bm        F#
Perde o medo arrisca, abusa até ser preso
                                Bm                                       Bm7
Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Sem ser livre perdeu tudo, perde o senso, entra em crise
Em
Já insano uma cirrose, mais um porre, embriaguez
G              F# G     F#        Bm    F#
  Uma overdose e        o operário morre!
        Bm                                                                      
De quê? Overdose, porre, cirrose, embriaguez, preso, livre, insano, em crise, insensatez
     Em 
Sem saúde ou razão, pão, não são, pó, nó, só, emprego, medo
     F#                                             Bm       F#
Você pode me dizer que ele morreu de muitas coisas, mas eu sei...   eu sei! 
             Bm                   Bm7              Em
Ele morreu de medo, ele morreu tão cedo por falta de um dátilo,
                                     F#     G  F#                 Bm      F#
Tornou-se mais um dígito, detalhe do enredo...      Ele morreu de dedo!

(Refrão)
F#                     Em                          Bm     F# 
Concreto abstrato, castelo de areia, pedra, ferro e caos...      e caos

(Bm Em Bm F# Em Bm F#)